21.9.12

Ela tem tudo menos cara de boneca, um quê de esquisitice, uma sensibilidade inconfundível, um jeito encantado de ser, uma teimosia sem igual, um toque de intuição que nunca falha, por vezes um tom de doçura na dose certa. Ela é intensa, romântica sem cura, rabugenta de língua afiada mas frágil demais no que toca ao amor. Tem a mania de acreditar que o mundo é um paraíso em flor, tem a mania que só um ar de bondade chega. Aprendeu com os erros a nunca sentir por completo, a nunca amar por completo e a nunca ser ela mesma por completo. Mas nunca pôde fugir ao seu coração bobo que teima em procurar-lhe a felicidade onde ela nunca sonhou encontrá-la. Eis o momento em que ela conhece o seu príncipe, sem cavalo branco mas com uma incomum capa de super-herói. Ele é um cavalheiro como já não há, um tesouro no fundo de um baú que ela pensava não existir. Ele com o seu quê de aluado, com o seu sorriso tímido, com o seu toque de singularidade, com o seu jeito desajeitado de ser. Ele com todos os seus defeitos e com toda a sua perfeição. Ele, sem querer e sem saber, tocou no cantinho mais sensível do coração dela e num ápice ela se apaixonou. O seu coração já sorri e já curou as feridas do passado. Agora só conhece a felicidade de poder amar por completo, sentir por completo e ser ela mesma sem receios. Agora anseia o dia em que possa agradecer ao seu príncipe por fazer dela capaz de amar e de acreditar que o amor dele é a necessidade mais básica dela, que nem mesmo a fome e a sede igualam.
Ele é o Noah, ela é a Allie. Ele caminha tranquilamente, ela anseia o dia em que os seus caminhos se cruzem para sempre.  


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